Após a fase de diagnóstico vem a realização da planificação do projecto. Esta planificação consiste na projecção de uma mudança; na antecipação conceptual de uma realidade desejável; e na determinação do que deve ser feito, com vista à tomada de decisões práticas que contribuam para a sua implementação.
Um plano de acção deve ser: flexível de modo a adaptar-se às necessidades e interesses do grupo a que se dirigem; aberto para que possa ser reformulado e reajustado; descentralizado pois deve servir os grupos aos quais se destinam; participativo porque deve implicar todos os agentes envolvidos; auto-gerido que consiste na implicação dos grupos aos quais se dirigem na sua gestão e controlo; e interdisciplinar pois deve envolver diferentes áreas que são objecto do conhecimento.
Primeiramente deve ser feita uma planificação geral onde se delineiam os objectivos, as metas, as finalidades, os recursos a utilizar e o tipo de avaliação a realizar; em seguida faz-se uma planificação específica e por fim uma planificação concreta.
Nos objectivos gerais constam os aspectos mais amplos do projecto e a definição do quadro de referência do projecto; nos objectivos específicos são apresentados os aspectos mais específicos do projecto e um relato mais concreto acerca do que se pretende com o projecto.
Na metodologia estão as actividades que serão desenvolvidas ao longo da intervenção do plano de acção; a especificidade das técnicas; a definição da população-alvo; a identificação da amostra; o método de recolha de dados; e a análise de dados.
Todos os planos de acção têm de possuir uma calendarização que deverá ser o mais específica e simples possível.
Existem três tipos de recursos: os Humanos; os Materiais; e os Financeiros, estes devem ser também bastante específicos e pormenorizados.
Fonte: GUERRA, I. C. (2002). Fundamentos e processos de uma sociologia da acção: o planeamento em Ciências Sociais. 2ª ed. Cascais: Principia.
SERRANO, G. P. (2008). Elaboração de Projectos Sociais. Casos Práticos. Colecção Educação e Trabalho Social, n.º 7. Porto: Porto Editora.
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